Quem foi Carl Rogers?

14/08/2021 às 20:00 Hipnose

Quem foi Carl Rogers?

Um dos psicólogos mais conhecidos do mundo, principalmente pela formulação da Abordagem Centrada na Pessoa, Rogers nem sempre é lembrado por suas contribuições em diversas áreas. E você, conhece Carl Rogers? Então dá uma olhada!

Quem foi Carl Rogers?

Carl Ramson Rogers foi um psicólogo norte-americano nascido em Oak Park, Illinois, nos Estados Unidos, no dia 8 de janeiro de 1902. Era o filho do meio de uma família protestante, onde os valores tradicionais e religiosos, juntamente com o incentivo ao trabalho duro eram amplamente cultivados. Rogers formou-se na Universidade de Wisconsin, onde se dedicou ao aprofundamento das ciências físicas e biológicas. Suas primeiras experiências clínicas foram calçadas pelas tradições behaviorista e psicanalista, durante as quais sentiu forte ruptura entre o pensamento especulativo freudiano e o mecanicismo medidor e estatístico do behaviorismo. Rogers é mais conhecido pelo desenvolvimento da Abordagem Centrada na Pessoa, uma abordagem psicológica humanista, dentro da chamada Terceira Força da Psicologia. Rogers faleceu em San Diego, na Califórnia, Estados Unidos, no dia 4 de fevereiro de 1987.

Método não-diretivo

Rogers foi formulando maneiras muito diferentes de pensar as abordagens acadêmicas convencionais e desenvolveu um método polêmico ao que chamou de “não-diretivo”, buscando auxiliar o indivíduo a ter sua própria interpretação do “aqui e agora”. Segundo Rogers, as mudanças benéficas para a personalidade ocorrem não em virtude de teorias ou técnicas mas, sobretudo, em função de atitudes do terapeuta, ou seja, da relação humana que se estabelece entre as pessoas, seja no consultório psicológico, na sala de aula, em empresas ou mesmo em grandes grupos de povos e nações.

O método não-diretivo ou centrado na pessoa é uma orientação otimista quanto ao homem, acreditando que qualquer pessoa tem dentro de si o potencial para um desenvolvimento sadio e criativo.

Para Rogers, o ser humano desenvolve sua personalidade a serviço de objetivos positivos, e cada organismo apresenta determinadas aptidões, capacidades e potencialidades inatas. Nesse processo único para cada pessoa, ocorrem experiências e comportamentos congruentes e incongruentes, ambos necessários para o crescimento saudável e inevitável.

O terapeuta rogeriano

Para que possa haver uma interação benéfica entre terapeuta e cliente, é preciso haver uma atitude de congruência e autenticidade por parte do terapeuta. Uma relação genuína e sem fachadas, onde o terapeuta se coloca plenamente aberto aos sentimentos que fluem nele próprio durante aquele momento. Dessa forma, o terapeuta rogeriano não opera sob máscaras ou fachadas, não dizem coisas que não sentem e procurar ser reais, sem esconder seus sentimentos pessoais, embora não sejam obrigados a expressá-los. Assim o cliente consegue confiar na pessoa que o atende e que se dispôs a ajudá-lo.

Além disso, o terapeuta precisa ter uma consideração positiva incondicional a respeito de seu cliente, aceitando-o tal como é e sentir vontade real de ajudá-lo. O terapeuta vivencia o calor humano real, vê a pessoa no seu contexto real, compreender os problemas e os porquês de seus temores, sofrimentos e defesas. Por fim, o terapeuta deve ter senso do mundo interno e das significações pessoais do cliente como se fosse, ele próprio, seu próprio mundo, mas sem se perder nele.

O terapeuta rogeriano busca uma atitude compreensiva e empática para se relacionar com o cliente e respeitar a individualidade, a personalidade e a expressão pessoal do Ego, sem julgar a pessoa por meio de padrões.

As sessões terapêuticas rogerianas

As sessões terapêuticas dentro do estilo rogeriano não são tão frequentes como na análise ortodoxa. Ocorrem, em geral, uma vez por semana, raramente duas vezes por semana, com um tempo médio de 50 a 60 minutos por sessão. Assim, as situações transferenciais (amor e ódio entre cliente e terapeuta) se tornam menos frequentes e a temível dependência terapêutica pode ser evitada.

Nas sessões as atitudes de congruência, autenticidade, calor humano, aceitação positiva incondicional e empatia são enfatizadas, com foco nos processos existencialistas, fenomenológicos e neo-analíticos, criando um clima de libertação do indivíduo, de redução das pressões sobre ele e do respeito à condição humana, promovendo maior autoconhecimento e qualidade de vida.

E o que é congruência?

Uma palavra muito citada por Rogers em sua teoria é a congruência, ou seja, o grau de exatidão entre a experiência da comunicação e a tomada de consciência e indica o grau de coerência interna e autenticidade do indivíduo, levando-o a aceitar seus sentimentos, experiências e atitudes do outro. Quando as experiências simbolizadas que constituem o self assemelham-se às experiências do organismo, então o indivíduo é ajustado, maduro e funciona de modo completo. Aceita viver diversas experiências organísmicas sem ansiedade ou sentimentos de ameaça, e é capaz de pensar realisticamente. Por outro lado, na incongruência há diferenças entre a tomada de consciência, a experiência e a comunicação desta, fazendo com que o indivíduo se sinta ameaçado e ansioso, se comportando defensivamente com um pensamento limitado e rígido. Tanto os resultados positivos como os negativos da experiência do indivíduo foram o substrato da vivência que sustenta a autoestima, que surge a partir da tomada de consciência da criança a respeito de si mesma, do seu self, e desenvolve uma necessidade de amor, ou consideração positiva, a necessidade universal de todo ser humano.

Por isso, seja autêntico consigo mesmo e reflita sobre a sua existência. Caso precise de ajuda para se conhecer melhor, procure um profissional da saúde mental ou terapias holísticas.

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Referências:

SCARTEZINI, L.G. et al. A necessidade de autoestima em Carl Rogers. Revista FAEF. 2007.


Conheça mais:

Rodrigo Huback

Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica

Mais de 14 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 20 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.


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