O natal e a depressão sazonal

28/11/2021 às 13:44 Hipnose

O natal e a depressão sazonal

Períodos de festividade podem ser difíceis para outras pessoas, por inúmeros motivos. Você conhece a depressão sazonal? Então vem dar uma olhada!

O que é depressão sazonal?

A “depressão sazonal” foi incluída no Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM) como o Transtorno Afetivo Sazonal (TAS), que são episódios afetivos recorrentes em relação temporal com um período particular do ano, tende a se agrupar em famílias e é herdável, como evidenciado por estudos com gêmeos. Pode ocorrer também em datas comemorativas como o Natal e o Ano Novo.

Sintomas da depressão sazonal

As pessoas com depressão sazonal ou TAS podem ter sintomas atípicos, incluindo necessidade maior de sono, fissura por carboidratos, aumento de apetite e peso, e fadiga extrema.

Incidência da depressão sazonal

Os índices de depressão sazonal ou TAS são maiores em latitudes em que existem significativas reduções nas horas de sol nos períodos de outono e inverno. Por exemplo, a incidência de TAS em latitudes de 45-50º ou mais altas é acima de 10%, comparada com latitudes menores que 30º, onde a incidência é em torno de 1%.

Dentre as pessoas com depressão sazonal e TAS, 60% a 90% são mulheres, ocorrendo mais frequentemente entre pessoas jovens, começando, em geral, quando a pessoa tem entre 20 e 30 anos.

O final do ano

Dezembro é um dos meses mais festivos do ano, com muitas confraternizações e festas de fim de ano, como o Natal e o Ano Novo. É um período em que as pessoas se reúnem para comemorar o encerramento de um ciclo e a chegada de um novo ano. Para alguns pode ser um momento que revela muitos sentimentos de tristeza, melancolia e desânimo, sem resiliência e angústia, quando pode aparecer a depressão sazonal.

Este período também pode ser muito difícil para quem já sofre com algum tipo de transtorno mental ou para quem teve alguma perda significativa e está em processo de luto, tal como milhares de famílias enlutadas pela covid-19.

Depressão sazonal no verão

Embora a depressão sazonal esteja muito associada ao inverno em países do hemisfério norte, quando é comemorado por exemplo o natal, o transtorno afetivo sazonal também pode ocorrer no verão. Os sintomas comportamentais da depressão do verão tendem a ser opostos aos da depressão de inverno. Por exemplo, os indivíduos podem dormir menos e perder peso quando estão deprimidos no verão. Além disso, existem evidências de que o calor induz à depressão de verão, muito importante nesta época de aquecimento global e em alguns países tropicais.

Tratamentos disponíveis

O tratamento da depressão sazonal geralmente é multidisciplinar, com acompanhamento médico e psicológico. Dependendo do quadro da depressão, o tratamento pode se estender e à medida que o paciente responder positivamente ao tratamento e ao processo psicoterapêutico, estará apto para receber a alta. Caso a depressão sazonal se transforme em um caso de depressão crônica, este paciente precisa continuar tendo acompanhamento.

No entanto, não é preciso esperar tais épocas chegarem para procurar ajuda. O autocuidado deve ser realizado durante todo o ano, além de ser importante observarmos as pessoas próximas a nós em casa de haver mudanças no comportamento, de humor, tristeza sem motivo aparente e desânimo, que podem ser alertas de que a pessoa esteja precisando de ajuda.

Ressignificação

As pessoas acreditam que as festas de natal são normalmente felizes, que as famílias estejam reunidas por compartilharem um sentimento de confraternização, quando muitas vezes esta não é a realidade. É preciso considerar que este não é um momento feliz para todo mundo, assim como em outras datas comemorativas, mas que a depressão sazonal existe e precisa ser cuidada.

Além disso, procure voltar-se para um balanço do que foi feito durante o ano, desde pequenas conquistas no dia a dia, refletindo sobre seu mérito em cada uma destas ações. Aproveite para encerrar o ciclo da sua forma e da forma que lhe fizer bem.

Dicas para lidar com a depressão sazonal

Existem algumas práticas que podem ser feitas para lidar com a depressão sazonal e o estresse no fim do ano. Veja algumas delas:

  • Procure não se cobrar tanto, observe as críticas excessivas que faz consigo mesmo e procure o lado da solução;
  • Planeje-se a curto prazo, definindo o que irá fazer durante esse período, pensando sobre o que lhe faz bem, acolhendo a si próprio;
  • Faça atividades simples, como se aproximar da natureza ou ouvir uma boa música que lhe tragam motivação e prazer;
  • Reúna-se com aqueles que lhe fazem bem, pois família são as pessoas significativas que escolhemos ter por perto;
  • Evite excessos nas comemorações, busque lidar com a sua tristeza de uma forma saudável;
  • Cuide da sua saúde física e mental, separando momentos para relaxar, respirar fundo e entrar em contato com seus sentimentos;
  • Não deixe de fazer terapia, pode ser uma forma de ter suporte durante os momentos difíceis nesse período;
  • Avalie por que o momento lhe traz tristeza e melancolia, com uma postura de curiosidade acerca de si mesmo;
  • Prepare suas comidas preferidas desta época, ainda que não se reúna com a família;
  • Caso sinta saudades de alguém que está longe ou que não pode ver devido à pandemia, faça videochamadas;

No fim das contas, o que importa é encontrar o seu jeito de lidar com a depressão sazonal. Se você está precisando de ajuda, não se restrinja ao pensamento de que terapia é para poucos. Terapia é para todos que estejam buscando autossuperação, por isso, procure um profissional da saúde mental.

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Referências:

JURUENA, M.F. & CLEARE, A.J. Superposição entre depressão atípica, doença afetiva sazonal e síndrome da fadiga crônica. Braz. J. Psychiatry. 2007;29(1).


Conheça mais:

Rodrigo Huback

Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica

Mais de 14 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 20 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.


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