Ideações suicidas: o que são?

16/08/2021 às 22:34 Hipnose

Ideações suicidas: o que são?

Milhares de pessoas sentem-se deprimidas por não verem saída para seus problemas. Quando estas preocupações se tornam muito altas podem surgir as ideações suicidas. Você sabe o que são? Então vem dar uma olhada!

Busca por alívio

A maioria das pessoas teme a morte, mas pode ser considerada um alívio para aqueles que não veem alternativas para seus problemas, buscando assim comportamentos autodestrutivos para acabar com a própria vida.

Segundo autores, a idade de 15 anos é considerada crítica para manifestação de comportamentos suicidas na adolescência. Os números sobre suicídio possuem falhas e este geralmente é subestimado, principalmente em relação aos mais jovens, que muitas vezes têm seu comportamento negados e escondidos pela família.

Comportamento suicida

O comportamento suicida é todo e qualquer ato por meio do qual uma pessoa causa lesão a si própria, independente do grau de letalidade. O comportamento suicida se manifesta nas seguintes classificações:

  1. Ideação suicida
  2. Tentativa de suicídio
  3. Suicídio consumado

Veja abaixo a respeito de cada um deles.

A ideação suicida

A ideação suicida se refere aos pensamentos de autodestruição e ideias suicidas, englobando desejos, atitudes e planos que o indivíduo tem para dar fim à própria vida. Ter pensamentos suicidas uma vez ou outra não é anormal, vez que estes pensamentos fazem parte do processo de desenvolvimento normal da passagem da infância para a adolescência, à medida que se lida com problemas existenciais e se está tentando compreender a vida, a morte e o significado da existência.

Os pensamentos suicidas tornam-se anormais quando a realização destes parece ser a única solução dos problemas para as crianças e os adolescentes, tornando-se, então, um sério risco de tentativa de suicídio ou suicídio. A intensidade desses pensamentos, sua profundidade, bem como o contexto em que surgem e a impossibilidade de desligar-se deles é que são fatores que distinguem um jovem saudável de um que se encontra à margem de uma crise suicida.

O desejo de morrer é considerado “o portal” do comportamento autodestrutivo, que representa a inconformidade e a insatisfação do indivíduo com seu modo de vida no momento atual. A ideação suicida pode ser considerada fator de risco para o suicídio efetivo, junto com a depressão e a desesperança.

Tentativa de suicídio

A tentativa de suicídio é o ato sem resultado letal no

qual o indivíduo deliberadamente causa danos a si mesmo, sendo considerado o maior preditor clínico para futura tentativa de morte por suicídio. Os registros oficiais sobre tentativa de suicídio são mais escassos e menos confiáveis do que os de suicídio, e este pode superar em pelo menos dez vezes o número de suicídios no Brasil.

O suicídio consumado

A palavra suicídio vem do Latim sui (si mesmo) e caedes (ação de matar) e significa uma morte intencional autoinfligida. Relatos apontam que o comportamento suicida existe desde os tempos mais antigos da humanidade, tendo mudado apenas a forma como esse ato é encarado. Os principais fatores associados ao suicídio são tentativas anteriores de suicídio, doenças mentais (principalmente depressão e abuso ou dependência de álcool e drogas), ausência de apoio social, histórico de suicídio na família, forte intenção suicida, eventos estresssantes e características sociais demográficas, tais como pobreza, desemprego e baixo nível educacional.

Dessa forma, o suicídio implica em um desejo de morrer e a noção clara do que o ato executado pode resultados. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a frequência do suicídio está se deslocando dos idosos para os mais jovens. A maioria dos suicídios ocorre entre crianças maiores de 14 anos, principalmente no início da adolescência, entretanto, está ocorrendo, em alguns países, um aumento alarmante nos suicídios entre crianças menores de 15 anos, bem como na faixa etária dos 15 aos 19 anos.

Estimativas de suicídio

A Organização Mundial da Saúde estima, baseada nas tendências atuais, que em 2020 cerca de 1,53 milhões de pessoas cometeriam suicídio, e dez a vinte vezes mais pessoas tentaram suicídio em todo o mundo, representando uma média de uma morte a cada 20 segundos e uma tentativa de suicídio a cada 1-2 segundos. A taxa mundial de suicídio é estimada em torno de 16 por 100 mil habitantes, tendo a taxa de mortalidade por suicídio aumentado 60% nos últimos 45 anos. Calcula-se que as tentativas de suicídio sejam vinte vezes mais frequentes que o ato consumado. No Brasil, a taxa geral de mortalidade por suicídio, em 2012, foi de 5,3/100 mil habitantes. O total de suicídios no país, entre os anos 2002 e 2012, passou de 7.726 para 10.321, representando um aumento de 33,6%.

Suicídio e transtornos mentais

Existem associações na literatura científica a respeito do suicídio e transtornos mentais, sendo que cerca de 90% dos suicídios estão associados a transtornos como a Depressão Maior, os transtornos bipolares do humor, abuso de álcool e drogas, esquizofrenia e transtornos da personalidade. São indivíduos com baixa qualidade de vida e pouca resiliência frente à quantidade de sofrimento que passam ou com o qual não conseguem lidar.

Busca por respostas

O suicídio é o ato intencional de matar a si mesmo, uma busca incansável pelos porquês, refletindo sobre sentimentos, faltas, lacunas ou mistérios que rondam aquela existência. A ideia do suicídio aparece como um desfecho para uma história de muito sofrimento, um ato de desespero que reacende a discussão sobre a dificuldade destas pessoas de desenrolar suas tramas pessoais.

O suicídio também é um fenômeno negligenciado e silenciado ao longo dos anos pela sociedade, autoridades responsáveis, profissionais de saúde e familiares, camuflando esse grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. O silêncio não ajuda, é preciso abordar o suicídio de forma responsável e realística para contribuir na prevenção.

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Referências:

BARBOSA, F.O. et al. Depressão e suicídio. Rev. SBPH. 2011;14(1).

MOREIRA, L.C.O. & BASTOS, P.R.H.O. Prevalência e fatores associados à ideação suicida na adolescência: revisão de literatura. Rev. Quadr. ABPE. 2015;19(3).

SOSTER, F.F. et al. Ideação suicida, tentativa de suicídio ou suicídio em adolescentes: revisão narrativa. Research, Society and Development. 2021;10(2).


Conheça mais:

Rodrigo Huback

Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica

Mais de 14 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 20 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.


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