Efeitos da cafeína no corpo

28/08/2021 às 21:32 Hipnose

Efeitos da cafeína no corpo

Milhares de pessoas não abrem mão de seu café da manhã ou aquele cafézinho da tarde. Mas você sabe os efeitos da cafeína no corpo? Veja só!

O que é cafeína?

O interesse pelos estudos da cafeína tiveram início em meados da década de 70, quando estudos em animais indicaram que esta estaria relacionada a uma diminuição no crescimento, redução de peso ao nascer e anormalidades esqueléticas.

Assim, a cafeína é um alcalóide de xantina, e foi identificada pela primeira vez no café. Relatos atribuem a um monge da Etiópia a descoberta de seus efeitos para reduzir a fadiga e aumentar o estado de alerta. Esse monge ouviu de um cuidador de cabras sobre os efeitos das sementes de café em seus animais, decidindo preparar uma bebida com elas, para conseguir passar a noite acordado em oração.

Histórico do café

Observa-se o surgimento do hábito de beber café na Arábia durante os séculos 15 e 16, tendo sido introduzido na Europa ocidental através da Turquia, no final do século 16. O cultivo do café teve início no Iêmen no século 19, onde também se aperfeiçoou a forma de preparar a bebida com o grão de café. Atualmente, mais da metade do café produzido pelo Brasil se origina de São Paulo.

É uma das substâncias estimulantes mais consumidas no mundo e principalmente absorvida por via oral. Sua concentração máxima é atingida em 30 a 45 minutos após sua ingestão, e sua vida média é de aproximadamente três horas, sendo metabolizada em 90%.

Tipos de grãos

O café possui uma série de grãos, os quais podem variar em propriedades e efeitos, além de diferentes concentrações de cafeína. Veja alguns dos tipos de grãos de café abaixo:

  1. Café Arábica: de origem etiópica, é cultivado acima de 1.000 metros de altitude e costuma ter sabor impecável. Possui 50% menos de cafeína, mas maior teor de açúcares. Alguns dos melhores cafés do mundo são produzidos a partir deste grão.
  2. Café Bourbon: uma das variedades de café mais conhecidas no mundo, é bastante popular fora do Beasil. Possui a presença de notas mais achocolatadas, aroma forte e marcante e acidez moderada.
  3. Café Kona: é cultivado em Kona, no Havaí, em solo vulcânico, sendo um café gourmet, por algumas pessoas considerado o melhor café do mundo.

Efeitos da cafeína

Embora o café seja uma bebida amplamente popular, existem divisões quanto aos efeitos benéficos do café. São considerados consumidores habituais de café aqueles indivíduos que ingerem cinco ou mais xícaras de café por dia, os quais tendem a relatam que a abstinência causa irritabilidade, inquietação, nervosismo, cefaléia e dificuldade de rendimento no trabalho.

Estudos revelam que a cafeína aumenta o estado de alerta, reduz a irritabilidade e produz sensação de satisfação, embora uma dose semelhante em indivíduos não consumidores habituais de café tenha produzido irritabilidade, nervosismo e dispepsia. Desta forma, pôde-se interpretar que o consumo habitual de grandes doses de cafeína produz tolerância e dependência.

A administração de uma dose única porém elevada de cafeína produz insônia, inquietação, ansiedade, confusão mental, palpitações, vertigem, cefaléia, transtornos visuais e auditivos. Esses efeitos são mais nítidos e se apresentam com doses menores em indivíduos não habituados ao consumo de café.

Mecanismos de ação

A cafeína é considerada uma droga psicotrópica do grupo de estimulantes do sistema nervoso central. Dessa forma, seus efeitos sobre o organismo consistem em aumentar o estado de alerta e reduzir a sensação de fadiga, estresse, cansaço e aumentar a capacidade de realizar determinadas tarefas. Assim, ela possui efeitos reforçadores que podem ser parcialmente devido à ativação do sistema dopaminérgico no cérebro. Outra ação importante da cafeína é o estímulo à diurese, devido entre outros mecanismos ao aumento de glomérulos em funcionamento e do fluxo sanguíneo renal, ao elevar o gasto cardíaco.

Além disso, a cafeína possui efeitos inotrópicos, taquicardizantes, broncodilatadores e estimulantes da secreção gástrica. Em quantidades excessivas pode produzir a excitação, a ansiedade e a insônia, diminuindo a qualidade de vida e resiliência dos consumidores.

Cafeína e gravidez

No ano de 1980, a Food and Drug Administration dos Estados Unidos (FDA) passou a sugerir que mulheres grávidas evitem ou diminuam o consumo de alimentos ou bebidas contendo cafeína.

A cafeína é uma substância que atravessa facilmente a barreira placentária, com quantidades substanciais passando para o líquido amniótico, sangue do cordão umbilical, plasma e urina de neonatos.

Suas maiores fontes de ingestão são café, chá, chocolate e refrigerantes do tipo cola. Aproximadamente 2 mil drogas contém cafeína e 25 dessas podem ser usadas durante a gravidez. Seu consumo é tão alto que 98% das mulheres em idade reprodutiva consomem regularmente cafeína, seja através de alimentação ou medicação, sendo que cerca de 72% dessas mulheres continuam usando cafeína mesmo durante a gravidez.

Além disso, a depuração da cafeína fica alterada durante a gravidez, principalmente no segundo e terceiro trimestres, quando a meia-vida da cafeína no organismo é de cerca de 7 a 10 horas, enquanto que em mulheres não-grávidas essa meia-vida é de 2,5 a 4,5 horas. Esse aumento na meia-vida da cafeína no organismo de grávidas coincide com o período de desenvolvimento fetal e a acumulação desta substância pode representar risco potencial para o desenvolvimento do feto.

Cafeína e esporte

As substâncias ou técnicas são consideradas ergogênicas quando melhoram as diferentes formas de rendimento desportivo. Assim, produzem o aumento do rendimento físico, o aumento da eficiência, do controle e da produção de energia.

Os mais diversos nutrientes já foram utilizados por atletas com esta finalidade, sendo as mais recentes que têm chamado atenção são as dietas ricas em gorduras, os aminoácidos de cadeia ramificada e a criativa, além do bicarbonato e da cafeína.

Estudos revelam que apenas uma dose mínima administrada de cafeína já provoca melhorias no desempenho, quando abaixo do limite considerado aceitável para o atleta.

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Referências:

AGUIAR, R.A. et al. Efeito da ingestão de cafeína em diferentes tarefas de tempo de reação. Rev. Bras. Ciênc. Esporte. 2012;34(2).

GUERRA, R.O. et al. Cafeína e esporte. Rev. Bras. Med. Esporte. 2000;6(2).


Conheça mais:

Rodrigo Huback

Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica

Mais de 14 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 20 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.


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