Comunicação não verbal: o que é e como reconhecê-la no dia a dia

22/11/2021 às 19:06 Hipnose

Comunicação não verbal: o que é e como reconhecê-la no dia a dia

Você sabia que existem diversos tipos de comunicação e que nossas interações podem ficar mais ricas quando observamos com olhar mais amplo? Vem dar uma olhada na comunicação não verbal!

O que é comunicação?

A palavra comunicar vem do latim communicare que significa “colocar em comum”. Assim, a comunicação é o intercâmbio compreensivo de significados por meio de símbolos, havendo a necessidade de reciprocidade na interpretação da mensagem verbal ou não verbal. Seja qual for o modo da comunicação, ela está sempre presente em um contexto, veiculando conteúdos conscientes e inconscientes, cujas significações se vinculam com o contexto em que ocorrem.

Dessa forma, a comunicação é um processo de interação no qual compartilhamos mensagens, idéias, sentimentos e emoções, podendo influenciar o comportamento das pessoas que, por sua vez, reagem a partir de suas crenças, valores, história de vida e cultura.

Os tipos de comunicação

Assim, existem dois tipos de comunicação: a comunicação verbal e a não verbal. A comunicação verbal exterioriza o ser social e a não-verbal o ser psicológico, sendo sua principal função a demonstração dos sentimentos

Apesar de 65% de toda a comunicação que ocorre em uma interação ser de caráter não-verbal, sabe-se que em nossa sociedade e, principalmente, em nossas atividades profissionais, a comunicação verbal é a mais difundida e valorizada, talvez porque a comunicação não-verbal é mais demorada e requer que os interlocutores estejam atentos para esse tipo de comunicação.

A comunicação não verbal

A comunicação não verbal envolve todas as manifestações de comportamento não expressas por palavras, como os gestos, expressões faciais, orientações do corpo, as posturas, a relação de distância entre os indivíduos e, ainda, organização dos objetos no espaço. Apesar de estar presente no dia a dia, muitas vezes não temos consciência de sua ocorrência.

A comunicação não verbal confere qualificação na interação humana, imprimindo sentimentos, emoções, qualidades e um contexto que permite ao indivíduo perceber e compreender o que significam as palavras, mas também compreender os sentimentos do interlocutor. Até o silêncio é significativo em uma comunicação e pode transmitir inúmeras mensagens em determinado contexto.

A histórica da linguagem corporal

Um pesquisador chamado Birdwhistell foi o pioneiro nos anos 1970 na tentativa de compreensão da linguagem corporal (cinésica), que considerou estar contextualizada em seu meio social e cultural. Já os estudos de Hall, introduziu o termo proxêmico, nos anos 1980, a fim de considerar a distância interpessoal como um instrumento expressivo na interação não-verbal. Em estudos mais atuais, ressalta-se a importância de se estudar o tema em razão do fato de ser aspecto fundamental para a melhora da interação entre o profissional de saúde e o usuário do sistema de saúde, seja público ou privado.

Tipos de comunicação não verbal

Existem basicamente seis processos considerados meios de comunicação não verbal. São eles:

  1. Paralinguagem: as modalidades de tons de voz emitidos ao comunicar-se;
  2. Proxêmica: estuda como o uso do espaço como meio de comunicação influencia o relacionamento interpessoal, com estudos sobre o significado social do espaço e sua estruturação inconsciente;
  3. Tacêsica: refere-se ao toque com a finalidade de demonstrar carinho, empatia, segurança e proximidade em relação ao sujeito, ou seja, a linguagem pelo toque;
  4. Características físicas: forma e aparência do corpo;
  5. Fatores do meio ambiente: disposição dos objetos no espaço;
  6. Cinésica: linguagem do corpo.

As possibilidades de expressão

Essa modalidade de comunicação abrange cerca de 93% das possibilidades de expressão em um contexto de interação social, manifestando-se em 38% das oportunidades por sinais paralinguísticos, tais como a entonação da voz, os grunhidos, os ruídos vocálicos de hesitação, a pronúncia, a tosse e o suspiro provocados por tensão; e, em 55%, pelos sinais silenciosos do corpo, como os gestos, o olhar, a postura, a expressão facial, assim como as próprias características físicas, que individualizam o indivíduo dentro de seu contexto específico.

A capacidade de ouvir

É preciso lembrar que a capacidade de ouvir e compreender o outro inclui não apenas a falta, mas também expressões e manifestações corporais que são elementos fundamentais na comunicação. Assim, não apenas o movimento do corpo traduz uma mensagem, é preciso inseri-lo em um contexto, permitindo que um mesmo gesto tenha diferentes significados nas diversas sociedades. O gesto universal que possui significado semelhante em qualquer lugar do mundo é o sorriso, um símbolo tanto de resiliência, alegria e humildade.

A linguagem do corpo

O corpo diz muitas coisas tanto para nós quanto para aqueles que nos rodeiam, pois é antes de tudo um centro de informações, o principal veículo de comunicação. O observador atento consegue ver no outro quase tudo aquilo que está escondido, conscientemente ou não. Assim, aquilo que é dito pela palavra pode ser encontrado no tom de voz, na expressão do rosto, na forma do gesto ou na atitude do indivíduo.

Como utilizar os sinais não verbais

Os sinais não verbais podem ser utilizados para complementar, substituir ou contradizer a comunicação verbal e também para demonstrar sentimentos. Em caso de conflito entre a mensagem verbal e a comunicação não-verbal, a mensagem não-verbal prevalecerá. As ações ou movimentos do corpo, a postura corporal (cinésica), os sinais vocais ou paralinguísticos, o uso do espaço pelos comunicadores (proxêmica), os objetos e adornos utilizados, o tipo de corpo (características físicas) e o momento em que as palavras são ditas.

Assim, ao ouvir uma pessoa tente levar em consideração todas as informações verbais e não verbais que o seu organismo capta das mais diversas formas, e não apenas o que é falado através de palavras. Isso trará uma visão mais completa do que a pessoa realmente quis dizer e, portanto, uma resposta mais assertiva. No entanto, é preciso verificar se a intenção percebida é de fato coerente com o que a pessoa quis comunicar, com respeito e empatia.

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Referências:

MANTOVANI, M.S. & RIBEIRO, M.C.P. A influência da comunicação não verbal na interação humana. Revista da Universidade Vale do Rio Verde. 2018;16(2).

RAMOS, A.P. & BORTAGARI, F.M. A comunicação não-verbal na área da saúde. Rev. CEFAC. 2012;14(1).

SILVA, A.G. et al. Habilidades sociais e comportamento social não verbal: implicações para a aceitação e rejeição na universidade. Estud. psicol. 2017;22(1).

SILVA, L.M.G. et al. Comunicação não-verbal: reflexões acerca da linguagem corporal. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2000;8(4).


Conheça mais:

Rodrigo Huback

Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica

Mais de 14 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 20 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.


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