Fenitoína: o que é, usos e indicações.

11/12/2023 às 14:41 Medicamentos

Fenitoína: o que é, usos e indicações.

O que é Fenitoína?

A Fenitoína é um medicamento antiepiléptico usado para controlar e prevenir convulsões em pessoas que têm epilepsia. Pertence a uma classe de medicamentos chamados de anticonvulsivantes, os quais atuam estabilizando a atividade elétrica no cérebro para diminuir a oc

Este medicamento tem ação na redução da excitabilidade dos neurônios, ajudando a prevenir a propagação de sinais elétricos anormais que podem desencadear convulsões. A Fenitoína é usada em diferentes formas, como comprimidos, cápsulas ou solução oral, e a dosagem é ajustada individualmente para cada paciente com base na resposta ao tratamento e nos níveis sanguíneos do medicamento.

A Fenitoína é vendida sob diferentes nomes comerciais em diversos países. Alguns desses nomes comerciais incluem:

  • Epanutin
  • Dilantin
  • Fenitoina Sódica
  • Hidantal
  • Hydantin
  • Phenytoin

Esses são alguns dos nomes comerciais pelos quais a Fenitoína pode ser conhecida, mas a disponibilidade desses nomes pode variar de acordo com a região geográfica. É sempre importante verificar o nome específico do medicamento disponível na sua área com o seu médico ou farmacêutico.

Mecanismo de Ação da Fenitoína

A Fenitoína, um medicamento antiepiléptico, atua principalmente estabilizando a atividade elétrica anormal no cérebro para prevenir a ocorrência de convulsões. Seu mecanismo de ação envolve diversos aspectos:

  1. Bloqueio dos Canais de Sódio: A Fenitoína bloqueia seletivamente os canais de sódio dependentes de voltagem nas membranas neuronais. Esses canais são importantes para a propagação do impulso elétrico nos neurônios. Ao bloquear esses canais, a Fenitoína reduz a excitabilidade neuronal e impede a propagação excessiva de sinais elétricos, diminuindo a probabilidade de ocorrer uma convulsão.

  2. Redução da Descarga Neuronal Anormal: Ela reduz a hiperexcitabilidade dos neurônios ao influenciar diretamente o potencial de ação neuronal, limitando a frequência e a amplitude das descargas elétricas anormais.

  3. Aumento da Recuperação Pós-Sináptica: A Fenitoína também pode facilitar a recuperação pós-sináptica do neurônio, reduzindo a probabilidade de haver descargas elétricas anormais.

O principal objetivo da Fenitoína é impedir ou reduzir a atividade elétrica excessiva e anormal que pode levar a convulsões, contribuindo para o controle e prevenção das crises epilépticas.

Para que é indicado a Fenitoína?

A Fenitoína é principalmente indicada para o tratamento e prevenção de convulsões em pessoas com epilepsia. Ela é usada para controlar diferentes tipos de convulsões, incluindo crises parciais simples e complexas, crises tônico-clônicas generalizadas e também pode ser eficaz no tratamento de convulsões após neurocirurgia.

Além disso, em algumas situações específicas, a Fenitoína pode ser usada para tratar outras condições neurológicas, como a neuralgia do trigêmeo, uma dor intensa na face associada a problemas no nervo trigêmeo.

É importante ressaltar que a prescrição da Fenitoína e seu uso devem ser estritamente orientados por um médico, pois o medicamento requer monitoramento regular dos níveis sanguíneos para garantir a eficácia e evitar efeitos colaterais adversos.

Fenitoína causa dependência?

A Fenitoína não é conhecida por causar dependência física ou vício no sentido em que algumas substâncias como opioides ou benzodiazepínicos podem. É classificada como um antiepiléptico e não tende a gerar um padrão de comportamento de busca compulsiva pela droga para obter um efeito psicoativo ou para evitar a abstinência.

Entretanto, como qualquer medicamento, a Fenitoína pode gerar dependência psicológica em algumas circunstâncias. Alguns pacientes podem se sentir ansiosos ou preocupados com a interrupção do tratamento, especialmente se sentirem que o medicamento controla eficazmente suas crises epilépticas ou outras condições neurológicas.

A interrupção abrupta da Fenitoína pode levar a um aumento das convulsões ou a outros efeitos adversos. Portanto, é importante seguir as orientações médicas em relação à dosagem e à interrupção do medicamento para evitar problemas potenciais ao cessar o tratamento. Em qualquer situação, a interrupção do uso de Fenitoína deve ser feita sob supervisão médica.

Bula da Fenitoína

A leitura da bula da Fenitoína é crucial para quem está considerando ou já utiliza esse medicamento. Embora seja um passo muitas vezes negligenciado, entender as informações contidas na bula é essencial para um uso seguro e eficaz.

A bula da Fenitoína fornece detalhes fundamentais sobre o medicamento, incluindo suas indicações, posologia, mecanismo de ação, contraindicações, efeitos colaterais, precauções, interações medicamentosas e orientações para o uso adequado. Clique aqui para consultar a bula oficial.

Efeitos colaterais comuns da Fenitoína.

Alguns efeitos colaterais comuns associados ao uso de Fenitoína incluem:

  • Sonolência
  • Tontura
  • Problemas de Coordenação
  • Cansaço
  • Fadiga
  • Confusão
  • Distúrbios Cognitivos Leves
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Gengivas Inchadas
  • Hipertricose (crescimento excessivo de pelos)
  • Alterações na Pele

Estes efeitos colaterais podem variar em gravidade e frequência de pessoa para pessoa. É importante comunicar qualquer efeito adverso ao médico para avaliação e possível ajuste no tratamento.

Contraindicações da Fenitoína

As principais contraindicações para o uso de Fenitoína incluem:

  1. Hipersensibilidade: Pessoas com histórico de reações alérgicas conhecidas à Fenitoína ou a qualquer componente da fórmula do medicamento devem evitar o seu uso.

  2. Bradicardia Sinusal: Em casos de bradicardia sinusal, uma condição onde o ritmo cardíaco está anormalmente lento, o uso de Fenitoína deve ser evitado ou usado com extrema cautela.

  3. Risco de Arritmias Cardíacas: Em situações onde há um alto risco de arritmias cardíacas, o uso de Fenitoína pode ser contraindicado.

  4. Porfiria: A Fenitoína pode desencadear crises agudas em pacientes com porfiria, uma condição metabólica rara. Portanto, é contraindicada nesses casos.

  5. Gravidez e Amamentação: O uso de Fenitoína durante a gravidez, especialmente no primeiro trimestre, e durante a amamentação deve ser cuidadosamente avaliado devido ao risco potencial para o feto ou para o bebê.

  6. Insuficiência Hepática ou Renal Grave: Em pacientes com insuficiência hepática ou renal grave, o uso de Fenitoína deve ser feito com precaução e monitoramento médico rigoroso.

É crucial discutir qualquer condição médica pré-existente ou medicamentos em uso com um profissional de saúde antes de iniciar o tratamento com Fenitoína, a fim de avaliar os riscos e benefícios individuais do medicamento para cada paciente.

Quanto tempo leva para a Fenitoína fazer efeito?

O tempo necessário para que a Fenitoína faça efeito pode variar de pessoa para pessoa. Geralmente, após iniciar o tratamento com Fenitoína, pode levar algumas semanas (em torno de 2 a 4 semanas) para que o medicamento atinja níveis terapêuticos adequados no organismo e comece a demonstrar seus efeitos na prevenção e controle das convulsões em pacientes com epilepsia.

No entanto, é importante ressaltar que a resposta ao tratamento com Fenitoína pode variar de acordo com a condição clínica individual, a gravidade da epilepsia, a dosagem prescrita e a sensibilidade do paciente ao medicamento. Algumas pessoas podem perceber uma redução na frequência e na intensidade das convulsões mais rapidamente do que outras.

É essencial seguir as orientações médicas quanto à dosagem prescrita e ao acompanhamento regular para ajustes no tratamento, se necessário. A interrupção abrupta do tratamento com Fenitoína pode aumentar o risco de convulsões, por isso qualquer modificação no uso do medicamento deve ser feita sob supervisão médica.

Pontos Importantes:

  • Não se Auto Medique:

A automedicação pode ser perigosa. A prescrição e o uso de medicamentos devem ser feitos sob a supervisão de um profissional de saúde qualificado, que considerará sua condição médica específica, histórico clínico e outros medicamentos em uso.

  • Base nas Instruções Médicas:

Siga estritamente as instruções e orientações fornecidas pelo seu médico ou farmacêutico ao usar medicamentos. Isso inclui dosagem, frequência e duração do tratamento.

  • Consulte o Seu Médico:

Se surgirem dúvidas, preocupações ou se você estiver enfrentando efeitos colaterais desconfortáveis, não hesite em entrar em contato com seu médico. Nunca altere a dosagem ou interrompa o uso do medicamento sem orientação médica.


Conheça mais:

Rodrigo Huback

Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica

Mais de 14 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 20 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.


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